quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Dilma anuncia criação de quatro universidades federais, entre elas a do Sul e Sudeste do Pará

A presidente Dilma Rousseff anuncia nesta terça-feira, 16, a criação de mais quatro universidades federais em Estados do Norte e Nordeste. Três delas são câmpus já em funcionamento de instituições federais que vão se transformar em universidades. Com a expansão, a rede federal passará a contar com 63 unidades. A nova fase de expansão das federais totalizará 47 novos câmpus.

A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) terá sede em Marabá, onde hoje funciona um câmpus da Federal do Pará. A Universidade Federal da Região do Cariri (UFRC), no Ceará, terá sede em Juazeiro do Norte, onde atualmente funciona o câmpus Cariri, que pertence à Federal do Ceará (UFCE).
Na Bahia, o câmpus de Barreiras da Universidade Federal da Bahia (UFBA) será transformado na Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufoba). O Estado ainda receberá a Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufesba), no município de Itabuna. A criação delas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional.

Ao todo, as quatro novas instituições de ensino terão 17 câmpus para atender a população dos respectivos Estados, sendo que 12 deles ainda serão criados e cinco, transferidos de outras universidades já existentes. Além disso, 12 universidades federais de 11 estados vão receber 15 novos câmpus até 2014.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), a expansão será concluída com a entrega das obras de expansão de 12 universidades federais que terão 20 novas unidades até 2012. Esses câmpus já estavam previstos na etapa anterior do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

Fonte: http://estadao.br.msn.com/educacao/dilma-anuncia-cria%C3%A7%C3%A3o-de-quatro-universidades-federais

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Aloizio Mercadante assume Ministério da Ciência e Tecnologia

03/01/2011 - 15:38
 
Avançar na área de formação de recursos humanos e nos setores de pesquisas e inovação é um dos desafios do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que assumiu hoje (3) a pasta. O economista, senador pelo Partido dos Trabalhadores (PT), substitui o físico Sergio Rezende, que volta à carreira acadêmica. A cerimônia de transmissão de cargo ocorreu no auditório do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), em Brasília, e reuniu autoridades políticas e da comunidade científica e tecnológica.

Em seu pronunciamento, Mercadante disse que será responsável por um ministério fundamental para o desenvolvimento da economia e de produtos competitivos. Frisou que pretende investir ainda mais em cooperação internacional e sustentabilidade. “Temos que olhar esses desafios como oportunidades para o País. Temos uma matriz energética limpa e a maior biodiversidade do Planeta”, disse. De acordo com ele, investir em inovação é contribuir para geração de emprego e qualidade de vida da população.

Para o ministro, o Brasil está muito bem posicionado no aspecto ambiental por ter uma matriz energética baseada em hidroelétricas e na exploração de biomassas, como e etanol e o biodiesel, que podem se converter em commodities mundiais. “Temos ainda terras férteis e água em abundância, recurso estratégico que contribui para que o Brasil seja hoje o segundo maior produtor e exportador de alimentos no mundo”.

Sobre o desafio de ampliar cada vez mais a participação da ciência, da tecnologia e da inovação no Produto Interno Bruto (PIB), Mercadante disse que a meta é aumentar esse percentual de 1,25% para 2,5%. “O mundo da ciência e da tecnologia é estratégico para que possamos crescer com qualidade, gerando maior valor agregado aos nossos produtos e serviços, e em consequência, a competitividade global da economia, e acentuando o atual processo de inclusão social”.

Em sua fala, o novo ministro destacou ainda a inclusão digital como mecanismo de disseminação da ciência entre os jovens. Em sua opinião, a banda larga nas escolas públicas e na área rural reduz a enorme discrepância no acesso às tecnologias de informação. “Não resolveremos o nosso ainda grande apartheid social sem resolver o iníquo e perverso apartheid digital que priva a maior parte dos nossos alunos e professores do acesso ao século 21”.

Otimista com o discurso do ministro, o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Marco Antônio Raupp, disse que a área de ciência e tecnologia teve muitos avanços nos últimos anos com a execução do Plano de Ação em Ciência e Tecnologia (PACTI). Ele parabenizou a gestão do ministro Sergio Rezende e do presidente Lula e se diz confiante na consolidação do processo. “Abre
grandes perspectivas ouvindo o discurso do ministro Mercadante dizendo que vai seguir essa base e ampliá-la, considerando o Livro Azul (que apresenta as propostas extraídas da 4ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada em maio último). Isso significa ampliação, continuidade e expansão do que foi feito até agora”, comentou Raupp.

Mercadante e a ciência
Embora conhecido por sua expressão política e econômica, Mercadante desde jovem se dedica a pesquisa e a educação. Licenciado do cargo de professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ao longo de sua trajetória conviveu com importantes intelectuais, como os professores Florestan Fernandes, Celso Furtado e Paulo Freire.

Recentemente, voltou à academia para defender sua tese de doutorado na Unicamp. “Costumava dizer que “estava” senador, mas que era, na realidade, economista e professor. Agora, “estarei” ministro, sendo com muita honra e acima de tudo, um educador e um economista”.